Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.
Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e a morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto. ( Vinicius de Moraes)
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade
De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.
Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e a morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto. ( Vinicius de Moraes)
Resolvi postar o poema do gato morto, porque sou louca por gatos e ele me faz lembrar um fato que me aconteceu estes dias. Sai para trabalhar e ao voltar me deparei com a noticia que meu gatinho, meu filhinho de criação, havia desaparecido. Naquela hora não consegui pensar mais em nada e me pus a chorar foram lágrimas e mais lágrimas, nada parecia tanto com o fim de tudo como aquela triste noticia, mas mantenho a esperança que logo ele voltará para tornar começo aquilo que antes pareceu o fim!!
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