sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Soneto do gato morto

 


Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade

De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de eletricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.

Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e a morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto

Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto.
( Vinicius de Moraes)
 
Resolvi postar o poema do gato morto, porque sou louca por gatos e ele me faz lembrar um fato que me aconteceu estes dias. Sai para trabalhar e ao voltar me deparei com a noticia que meu gatinho, meu filhinho de criação, havia desaparecido. Naquela hora  não consegui pensar mais em nada  e me pus a chorar foram lágrimas e mais lágrimas, nada parecia  tanto com o fim de tudo como aquela triste  noticia, mas mantenho  a esperança que  logo  ele voltará  para tornar começo aquilo que antes pareceu o fim!!


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